"Tudo que é importante costuma ser ignorado", Louis Pauwels

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2016: A vida como ela era


O ano mais complicado que se tem notícia na história recente chegou ao fim. O calhamaço de problemas que herdamos para serem compreendidos e enfrentados tem deixado a humanidade em estado de confusão mental, já que não há qualquer sinal de que estejam em andamento para solução.

A paz estampada nas manchetes e coordenada por Russia e Turquia na guerra da Síria soa como uma grande conquista dos países não alinhados. Só não combinaram o cessar fogo com os grupos terroristas que, a despeito do que queremos acreditar, tem mais vidas do que gatos e baratas juntos. Afinal os aliados não bombardeiam um inimigo tradicional, com exército fixo, mas um oponente mutante, que pode aparecer a qualquer hora, práticamente em qualquer lugar. Eles simplesmente adotaram a Síria como campo de batalha... 

O barulho no Brasil não dá sinais de calma. Se a chapa Dilma/Temer for cassada pelo T.R.E, ou se o presidente renunciar ( como alguns apostam que pode acontecer ), uma eleição indireta acontece no Congresso Nacional, justamente este que anda em baixíssima credibilidade, com a maior parte de seus integrantes envolvidos em denúncias de corrupção. Tudo isso em meio a números alarmantes de desemprego e uma divisão ideológica que só tem se radicalizado dia após dia. Em suma, na pior hipótese há risco de desgovernança no Brasil.
Essa mesma divisão maluca acontece nos Estados Unidos, onde mais da metade do eleitorado simplesmente  não aceita Donald Trump como presidente, graças a regras eleitorais que na prática tornam a eleição por lá indireta, contrariando o princípio básico da democracia. Trump, por sua vez, dá mostras de que quer reeditar a corrida armamentista, ridicularizar a ONU e peitar os inimigos da grande potência pelo mundo afora, como um bom super herói da Marvel. Sim, um super herói com poderes especiais para destruir o mundo dezenas de vezes com suas fantásticas ogivas atômicas.

Na velha Europa, a paciência com os refugiados árabes já há tempos denota esgotamento. A preferência dos migrantes pela residência na Europa cristã ( ao invés da Arábia Saudita ou Jordânia muçulmana ) traz consigo sintomas de pânico xenófobo depois de ataques terroristas na França e na Alemanha.

Quem poderia fixar no chão os alicerces do nosso querido mundo?  Os artistas e cientistas. Mas as notícias da indústria musical são cada vez mais fracas, Hollywood parece ter também chegado a um esgotamento, ao tempo em que os jovens, outrora revolucionários, estão aprisionados em redes sociais e brinquedos eletrônicos.

Ao ler as manchetes, os otimistas aguardam da ciência a boa nova da inteligência artificial,  de que há cura para a fome, para as graves doenças ou de que há sim vida inteligente em outros planetas. Os religiosos proclamam a proximidade da volta de Jesus ou Maomé.

Mas, enquanto isso... a massa entra em ebulição e o mundo como nos conhecíamos cada vez mais se torna irreconhecível.

Celso Rommel

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Rabiscos que eu pensava ter esquecido

A gente desenha e escreve coisas na juventude que são jogadas no hiper espaço, desaparecem, são recicladas,viram comida de cavalo, mas... algumas delas sobrevivem ocultas em alguma prateleira escondida para reaparecerem vinte e cinco anos depois.

Foi o caso dos desenhos abaixo, que foram feitos na virada dos anos oitenta para os noventa e guardados nos arquivos de mano José Carlos Almeida, o intrépito Fiu Fiu.  A maioria deles na temporada passada na capital paulista, entre um acorde de guitarra e um ônibus para Santo Amaro.

O Jornal da União Cósmica foi um relance muito típico de neo psicodelismo, principalmente quando faz alusão a uma figura especialíssima: "Llundo, o Trensual"😂 Eu já tinha apagado essa da memória!

Era um mundo sem internet... verdadeiramente jurássico. Curte?




sábado, 24 de dezembro de 2016

Bixi: dispositivo permite controlar qualquer aparelho smart usando gestos

O Bixi é um aparelho pequeno que pretende mudar a forma com que as pessoas interagem com seus eletrônicos no dia a dia. No lugar do touchscreen, o dispositivo permite controlar smartphones, tablets e outros aparelhos por meio de gestos. Para isso, o gadget rastreia os movimentos da mão no ar, sem precisar tocar em nada. E o melhor: o preço não é alto.

Por US$ 94 (R$ 316 na cotação atual) já com frete para o Brasil, o comprador leva para casa um gadget pequeno com luzes LED para dar feedback dos comandos. É possível pausar e mudar o volume da música tocando no celular, acender a tela do tablet e rolar páginas da internet, pausar alarmes de manhã cedo e mais.

Apesar de poder ser usado com dispositivos móveis, seu uso mais interessante é em casas inteligentes. Conectado a uma tomada, o Bixi é capaz de controlar lâmpadas Philips Hue para mudar as cores da iluminação com gestos. Além disso, o equipamento pode ser configurado facilmente para destrancar a porta de casa sem precisar tocar na maçaneta.

No carro, o aparelho é útil para atender ligações, iniciar rotas no mapa e dar play nas músicas sem precisar tocar em botões pequenos na tela do smartphone. Em todos os casos, o Bixi se conecta por Bluetooth ou Wi-Fi para enviar os comandos. Os gestos variam conforme o dispositivo e o app usado no momento, todos customizáveis de acordo com as necessidades.

Os interessados em adquirir o aparelho poderão faze-lo usando a plataforma de financiamento coletivo Indiegogo. A unidade do produto sai por US$ 94 (R$ 316, em conversão direta) e a entrega será feita a partir de março de 2017. 

Tech Tudo



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Somos cristãos ou somos só romanos?


Interessante pensar que antes do movimento da cristandade se espalhar pelo mundo era muito normal decidir-se qualquer parada na ponta da espada, sem maiores dramas. Era a Pax Romana, que os césares impunham à força, tomando na tora territórios e assassinando sem qualquer escrúpulo os que se arvoravam a cruzar o caminho da maior potência militar do mundo antigo. 

O império ruiu, os bárbaros transformaram o mundo, mas a revolução iniciada pelo nazareno Yeshua ( cujo nome foi ocidentalizado para Jesus ) é influente no planeta até hoje.

A beleza das palavras, os milagres, a força da filosofia do amor, a tendência cativante pela tolerância em uma mensagem preferencialmente voltada para os oprimidos cativou a maioria da humanidade. Desde então, os líderes antes implacáveis passaram a utilizar o nome de Jesus no discurso.

Aliás, como fazer a partir de então um discurso sem a referência a Jesus? Se tornou o nome mais popular, o mais aceito, o mais admirado. Incluir o nome do nazareno seria sempre garantia de políticamente correto, a maquiagem perfeita, inclusive para um conquistador romano. Por outro lado, deixar de fora esta referência passou a ser associado ao mundo que foi deixado para trás; opressor e pagão.

Tornou-se portanto cômodo, necessário e aconselhável agregar-se essa influência como nova estratégia de marketing. E foi assim que o imperador Constantino uniu o império: a partir da sua conversão ao cristianismo. Tal qual acontece em governo com alta taxa de aceitação, todos passam a querer a qualquer momento dizer que são cristãos desde criancinhas, mesmo que alguns cristãos de fato tenham sido jogados ( pelos agora convertidos ) para serem comidos pelos leões no coliseu.

E o que muda a partir da nova estratégia? A estampa. Se a marca é boa e cai no gosto do consumidor, então temos aqui o comércio perfeito almejado por todos. A despeito dos corações verdadeiramente consagrados à mensagem de Cristo, os romanos continuaram sendo romanos por debaixo da maquiagem. Não podiam deixar de ser porque a essência do lobo é sangrar as ovelhas para aplacar sua fome, mesmo que precisassem desesperadamente da máscara para serem aceitos, até pelos próprios compatriotas.

E assim tem sido. A belíssima mensagem de Yeshua serviu e serve de cartão de visita, máscara protetora, discurso pronto. É uma mensagem que destranca portas e provoca simpatias por pessoas que a utilizam como recurso.

Entretanto, a Pax Romana, a conquista opressora, o mundo negativo de Calígula e Nero estão talvez ainda mais presentes hoje, em nova roupagem, por debaixo da maquiagem, embutido nas corporações, na luta pelo destaque pessoal com toques high tech.

Isso lhe provoca alguma náusea? Não vejo assim. Observando a questão por um viés mais racionalista, criticar tal conduta poderia ser até mesmo uma injustiça.

Afinal é esse o máximo que boa parte da civilização consegue chegar da compreensão de cristianismo no atual estágio de evolução.

E, sem o disfarce atenuante, aí é que a humanidade poderia ser mesmo intragável.

Celso Rommel


sábado, 17 de dezembro de 2016

Jesus... um mutante?

Decifrado recentemente, um texto egípcio de 1,2 mil anos conta que Jesus teria celebrado a Santa Ceia com Pôncio Pilatos (o juiz que autorizou sua crucificação, de acordo com os Evangelhos Canônicos), numa terça-feira e não numa quinta, e que Jesus era capaz de mudar sua aparência (uma explicação para a maneira que Judas teria usado para ajudar soldados romanos a identificá-lo na hora da prisão).

De acordo com o pesquisador Roelof van den Broek, que publicou a tradução em seu livro “Pseudo-Cyril of Jerusalem on the Life and the Passion of Christ” (“Pseudo Cirilo de Jerusalém sobre a Vida e a Paixão de Cristo”, sem edição no Brasil), é importante ressaltar que, embora a existência do relato não possa garantir que as coisas ocorreram dessa maneira, poderia haver pessoas na época que acreditavam nele.
Há pelo menos duas cópias do texto, escrito na linguagem copta (do povo egípcio do período helenístico e do período sob dominação romana): um na Biblioteca e Museu Morgan em Nova York e outro no Museu da Universidade da Pensilvânia (ambos nos EUA). Boa parte da tradução foi feita a partir da cópia que se encontra em Nova York, mais conservada.
Café com Pilatos

“Sem maior tumulto, Pilatos preparou a mesa e comeu com Jesus no quinto dia da semana. E Jesus abençoou Pilatos e toda a sua casa (…) [depois, Pilatos disse a Jesus] bem, observe, a noite chegou, levante-se e bata em retirada, e quando a manhã chegar e eles me acusarem por sua causa, eu devo dar a eles o único filho que tenho para que eles possam matá-lo em seu lugar”.

De acordo com o texto, Jesus teria agradecido a Pilatos por sua boa vontade, mas recusado a oferta e mostrado que, se desejasse, poderia escapar de outras formas, desaparecendo em seguida.

Hypescience

O surpreendente pioneirismo visionário dos Beatles

De Leonardo Da Vinci aos Quatro de Liverpool 

São raros os casos de explícito dom profético ao longo da história da civilização. Nostradamus certamente acertou uma bola na trave ao anunciar em suas centúrias a futura existência de um certo cidadão de nome Hister que provocaria uma guerra de proporções desastrosas.

Nos anos 20, Blind Lemon Jefferson gravou uma canção intitulada “Eletric Blues”, décadas antes da guitarra elétrica vir ao mundo. Entretanto, dois casos em especial merecem ser objetos de estudo: Leonardo Da Vinci e os Beatles. Sobre o primeiro pesa a reputação de ter sido um dos maiores gênios da humanidade, exercendo as distintas funções de músico, pintor, artista plástico, médico legista, arquiteto, engenheiro mecânico e militar, arquiteto entre outras. Alguns de seus quadros (a exemplo de algumas capas de discos dos Beatles) motivaram as mais fantasiosas interpretações e até um livro/filme de enorme sucesso. Como explicar que esta figura fantástica tenha projetado, há mais de 500 anos atrás, idéias tão ousadas e atuais como pára-quedas, o tanque de guerra e até o submarino? 

Há quem defenda a remota possibilidade de Leonardo ter sido um viajante do tempo. Quanto aos Beatles, bem, os caras realmente extrapolaram neste quesito. Assim como Da Vinci, eles criaram todo um admirável mundo novo sem qualquer base em experiências congêneres que os precedessem. Senão, como explicar a gênesis de um disco como Sgt. Pepper’s, saído da cabeça de quatro autodidatas fãs de Elvis Presley?

Eles fundaram o estilo que hoje chamamos de música pop e o definiram de tal forma que qualquer “inovação” lançada desde 1970 tem por alicerce algum capítulo da enciclopédia beatle. A banda se transformou também numa espécie de termômetro do sucesso de outras, sendo sempre lembrada a termo de comparação quando algum grupo novo conquista altos níveis de popularidade. Apesar de todo este prestígio, volta e meia os Beatles são objetos de farpas lançadas por incautos motivados por variados sentimentos e precipitados julgamentos. A alguns críticos musicais e outros mais que ainda tentam subestimar ou diminuir o legado e a magnitude desses artistas visionários é que eu dedico esta pequena lista com 51 ações pioneiras dos fab four:


1- Primeira banda britânica a fazer sucesso fora de seu país.

2- Primeira banda de rock a fazer sucesso mundial.

3- Primeiro artistas do estilo a lançar um álbum duplo.

4- Primeiros artistas de rock a gravarem com orquestra de câmara – Yesterday

5- Primeiros artistas a realizarem a fusão entre rock e misticismo – George e a Hare Krsna, mantras, meditação transcendental, etc.

6- Primeiros artistas a erguerem a ponte entre música ocidental e oriental a partir da canção Norwergian Wood.

7- Primeira microfonia intencional em guitarra ( na verdade, um violão ) divulgada em gravação – I Feel Fine

8- Primeira banda a fazer show em estádio – Shea Stadium

9- Primeira transmissão mundial via satélite – All You Need is Love

10- Primeiro solo de guitarra ao contrário gravado – I’m Only Sleeping

11- Primeiro disco conceitual do rock – Sgt. Pepper’s

12- Primeira banda de rock a gravar em quatro canais – Sgt Pepper’s

13- Primeira banda de rock a fazer carreira no cinema

14- Primeira banda (e talvez única) de rock a conjugar quatro instrumentistas/cantores/compositores

15- Primeira (e talvez única) banda de rock a lançar vários singles com dois lados A

16- Primeira banda de rock a utilizar vozes de animais (e outros efeitos sonoros) em músicas – Good Morning, Good Morning

17- Primeira banda de rock a gravar com orquestra sinfônica – A Day in the Life

18- Primeira banda a gravar com sintetizadores e moog – Lucy in the Sky e Maxwell’s Silver Hammer

19- Primeiros artistas a possuirem gravadora própria (Apple).

20- Primeiros músicos a terem suas figuras transformadas em desenho animado

21- Primeira banda a ter a figura do guitarista-solo

22- Primeiro baixista de rock a não utilizar o instrumento em formato cello.

23- Primeiros artistas (antes de Jimi Hendrix) a utilizarem um hino nacional em uma música popular – A marselhesa em All You Need is Love

24- Primeira gravação de Heavy Metal, noise music ou grunge – Helter Skelter

25- Primeira banda de rock a gravar em formato acústico – And I Love Her

26- Primeira banda de rock a gravar uma música de um só acorde – Tomorrow Never Knows

27- Primeira banda de rock a gravar músicas inéditas em formato pout-pourri – Sgt Pepper’s/With a Little Help From My Friends e, mais tarde, no Abbey Road, desde You Never Give me Your Money até The End

28- Únicos artistas a terem cinco músicas nos primeiros lugares da parada norte americana.

29- Primeira banda de rock a fazer um show no telhado de um prédio.

30- Primeira banda a lançar moda com penteados e trajes especiais.

31- Primeira banda de rock a gravar world music, desde Michelle (França), P.S I Love You (América Latina) até Love you To (Índia), etc.

32- Primeiro casamento inter-racial do rock – John e Yoko

33- Primeiro rock star a se lançar em carreira literária – John Lennon

34- Primeiro rockstar a tocar todos os instrumentos na gravação de um disco – Paul McCartney em seu primeiro LP solo

35- Primeiro rock star a lançar um show reunindo celebridades musicais em favor de causa humanitária – George Harrison em Concert for Bangladesh, três décadas antes do Live 8.

36- Primeira banda a lançar LPs com capas enigmáticas.

37- Primeiro filme/documentário do processo de gravação de um disco de rock – Let it Be

38- Primeiro solo de guitarra gravado em dueto em um rock – And your Bird Can Sing

39- Primeiro proto reggae ou ska, antes do estilo se tornar mundialmente conhecido – She’s a Woman

40- Primeira canção com mais de quatro minutos a ser executada em rádios comerciais (e fazer sucesso) – Hey Jude

41- Primeiro artista a utilizar o recurso do grito primal em suas músicas – John Lennon

42- Primeira banda de rock a ser pirateada (e depois usar este recurso a seu favor com a série Anthology).

43- Primeira banda a abandonar os palcos para atuar apenas nos estúdios

44- Primeira banda de rock a serem endorsers de seus instrumentos (Rickenbacker, Ludwig, Hofner e Gretsch) e ganharem mais dinheiro ainda com isso, apesar das declarações em contrário de seus membros .

45- Primeiro vídeo clip – Strawberry Fields Forever

46- Primeiros rock stars a declararem frases de efeito.

47- Primeira canção em três idiomas gravada por uma banda de rock – Sun King contém frases em inglês, espanhol e italiano.

48- Primeiro rock star a dedicar parte de sua carreira a uma causa pacifista – John Lennon

49- Primeiros rocks de inspiração punk – John Lennon em I Found Out e Cold Turkey

50- Primeira banda de rock a gravar músicas com temática infantil – Yellow Submarine

51- Primeira banda de rock a ser condecorada com a medalha M.B.E pela rainha da Inglaterra.

Com certeza tem muito mais, porém acho que, a título de amostra, esta listagem já é suficiente.

Celso Rommel

Orgãos feitos em impressoras 3D agora se movem, sangram e têm textura dos reais

Quando falamos do uso de órgãos artificiais no treinamento de cirurgiões, a textura pode ser tão importante quanto à aparência.

Pesquisadores do mundo todo vêm usando impressoras 3D para criar réplicas personalizadas de cérebros, espinhas dorsais e corações no treino de cirurgias arriscadas. Alguns, porém, elevaram a tecnologia a um novo patamar e criaram órgãos artificiais que se movem, sangram e têm a mesma textura dos órgãos reais.

Essas réplicas viscosas não apenas permitem que os médicos tenham uma visão mais realista de casos complexos, como também auxiliam os estudantes de medicina no desenvolvimento da memória muscular, habilidade necessária para a prática cirúrgica.

O Simulador de Réplicas Inanimadas Para o Aprendizado Físico (SIMPLE, na sigla original), um projeto da Universidade de Rochester, nos EUA, utiliza hidrogel para criar réplicas de órgãos em 3D que sangram quando cortadas.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Viver sem comer nada... como assim?

Inédia é a suposta possibilidade de sobreviver sem alimentos - nós aprendermos a, assim como as árvores, fazer fotossíntese. Respiratorianismo é um conceito relacionado, que afirma que comida e até mesmo água não são necessários e é possível viver somente de prana (a força vital do Hinduísmo), ou, de acordo com alguns, se alimentando de luz solar. Nos últimos anos, o movimento foi popularizado pela australiana Ellen Greve, mais conhecida como Jasmuheen.

O consenso científico atual sobre nutrição e o bom senso normalmente aceito indicam que uma pessoa exposta a esse tipo de dieta, a longo prazo, acabaria morrendo de inanição ou desidratação.

Alguns respiratorianos se submeteram, durante muitos dias consecutivos, a testes médicos rigorosos em hospitais, incluindo muitos exames para verificar o estado de saúde do examinado, e também com câmeras filmando-os todos os dias, durante as 24 horas para garantir que nada fosse ingerido durante todos os dias em que estavam sendo testados e examinados no hospital. 

Um destes respiratorianos é Prahlad Jani (um indiano que alega não comer e não beber nada há 67 anos). Prahlad Jani foi submetido a testes em 2003 e em 2010, mas os resultados obtidos foram considerados confidenciais e não foram publicados em jornais científicos.

Outra pessoa que passou pelos mesmos tipos de testes, com supervisão médica, foi Hira Ratan Manek, que é outro indiano, que alega viver sem comer e que se alimenta da luz do Sol. Esta suposta técnica de se alimentar da luz do Sol é chamada de SunGazing.

Os adeptos do respiratorianismo afirmam que o prana, também conhecido como energia cósmica, energia orgônica, Chi ou Ki, seria responsável por nutrir os praticantes, "sendo encontrado dentro de toda molécula, pura luz divina capaz de gerar todo e qualquer tipo de vida".

O prana, de acordo com a tradição Sanatana-Dharma do Hinduísmo, são os princípios energéticos primários do indivíduo que mantém funcionando seus sistema fisiológico, diferindo parcialmente do que os respiratorianos afirmam.


O processo dos 21 dias
De acordo com Jasmuheen, há um processo de 21 dias em que uma pessoa pode gradualmente percorrer seus passos e viver de luz. O método é dividido em três fases de sete dias cada uma, e começa da alimentação normal indo até o ponto em que o indivíduo não precisa ingerir mais nenhum alimento.

A descrição do processo passa pelas dificuldades encontradas na primeira semana (em que sintomas como fraqueza e dores de cabeça, normalmente associados à falta de alimentos, são atribuídos a sintomas de uma intoxicação alimentar prévia), até a suposta possibilidade de ter os sentidos apurados ao fim da terceira semana.

Religiosidade
Em algumas religiões, o jejum é uma prática muito comum, normalmente relacionada a conceitos de purificação e santidade[5] (ver artigo da wikipedia relacionado, Jejum). Jesus, de acordo com a Bíblia, jejuou por quarenta dias e quarenta noites no deserto.

No Hinduísmo, o jejum é praticado com muita frequência.

Normalmente, os praticantes de inédia (respiratorianismo) relacionam seus hábitos a motivações religiosas de caráter transcendental, afirmando praticarem não só um hábito nutricional, mas sim um estilo de vida.


Críticas
A prática da inédia não é reconhecida pelos cientistas e recebida com descrença pela população em geral. Céticos afirmam que não há nenhuma evidência formal de que haja a possibilidade de viver sem alimentação. Vegetais, algumas algas, bactérias e arqueobactérias seriam os únicos seres vivos a viver de luz, uma vez que possuem metabolismo capaz de converter energia luminosa em química através da fotossíntese. Observa-se que os vegetais possuem gasto energético mínimo, mesmo assim necessitam certos substratos ricos em nutrientes para seu perfeito desenvolvimento. Os animais precisam de uma quantidade muito maior de energia para se manterem.

Os defensores da inédia afirmam que médicos, cientistas ou hospitais, não se dispõe (por questões óbvias) a fazer testes com pessoas que não se alimentam. A rejeição se deve ao fato de não ser possível privar pessoas a se alimentarem, pois os efeitos são muito bem conhecidos. Supostamente alguns (ou diversos) testes foram realizados com o que os defensores chamam de "respiratorianos", porém os resultados não foram publicados em nenhuma revista científica.
A acusação mais séria aos divulgadores do respiratorianismo é a de levar pessoas crédulas a praticar uma dieta que pode ter consequências gravíssimas. Em 16 de setembro de 1999, o corpo de Verity Linn foi encontrado junto com o seu diário, onde ela havia escrito toda a sua tentativa de viver apenas do prana. Seu corpo não resistiu à desnutrição e desidratação. Também em seu diário havia citações dos ensinamentos de Jasmuheen. Há outros dois casos de mortes relatados à inédia.

Já os defensores do respiratorianismo afirmam que, em relação aos três casos de morte relacionados ao processo dos 21 dias, as pessoas ignoraram as diretrizes que constam no livro "viver de luz" (Jasmuheen). Segundo os defensores da inédia, é recomendado às pessoa ficarem em casa, descansando e economizando energia durante todo o processo dos 21 dias. Os defensores da inédia afirmam ainda que existe a recomendação de que a pessoa "ouça o seu corpo". As mortes são então justificadas (pelos defensores da inédia) como sendo ocorridas por falta de preparação suficientemente da pessoa que se priva de alimentos. Outros cuidados, como a supervisão por terceiros, também é recomendada pela comunidade de respiratorianos. As mortes, novamente segundo os defensores da inédia, se devem ao desrespeito às diretrizes da vivência de luz.

Wikipedia

Cientistas estudam indiano que diz viver há 70 anos sem comida e água. Veja o vídeo



sábado, 10 de dezembro de 2016

Pur que nóis num gosta de le?

Alguns de nós observam com indisfarçável inveja a tendência dos nossos vizinhos argentinos pela leitura e erudição, onde bibliotecas em Buenos Aires são pontos de encontro entre amigos, ficando abertas até tarde da noite. Para efeitos de comparação, sabe-se que os hermanos lêem em média 5 livros por ano, enquanto que o leitor brasileiro mal consegue absorver um  livro em doze meses. Aliás, sobre este índice pesam dúvidas, pois me pego pensando se é mesmo verdade que estamos lendo um livro por ano, já que a pesquisa Retratos da Leitura de maio deste ano indica que 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Por qual sina o brasileiro não consegue pegar gosto pela leitura? É coisa para ser investigada. Aqui nasceram grandes nomes literários como Guimarães Rosa, Jorge Amado e Augusto dos Anjos, só para citar três que me vieram à memória agora. Ou seja: temos gurus, só não se vende é livro por aqui porque não tem quem leia, apesar do ainda recente fenômeno internacional Paulo Coelho, reconhecido além-mar mas pouco lido em sua própria casa.

Mas não é pra menos. O padrão de conhecimentos gerais da nação do futebol e das novelas é baixíssimo. Para não dizer que estamos hoje na vanguarda do semi analfabetismo, no Brasil o fenômeno das redes sociais tem forçado pessoas a lerem pelo menos frases de auto ajuda e filosofia de almanaque prontas, o que tem contribuído de alguma forma para gerar um tímido senso crítico a respeito da realidade que nos cerca. De resto, a comparação do nosso padrão de análise dos acontecimentos em relação a povos que amamos admirar, tendo por base o nível de leitura, é abissal.
Enquanto acreditávamos ser o biscoito fino da América Latina, a taxa de qualidade do ensino público por aqui se estabeleceu como uma das piores do mundo, forçando a classe média a pagar ensino particular para não condenar os filhos à negatividade das escolas estaduais e municipais. 

Em uma escola que não ensina,  formou-se ao longo de décadas uma geração de adultos que escrevem e leem muito mal. Se não conseguem ler fluentemente o básico, como poderiam compreender textos repletos de símbolos como os que são comuns na literatura? Ler se tornou para a grande maioria uma tarefa chata, quase incompreensível e desmotivante, coisa de "gente esquisita e esnobe".

Uma hipótese consoladora é que talvez, pela herança ancestral, o povo brasileiro seja, tendo por base sua matriz africana, mais voltado para a tradição oral do que escrita, típica da civilização européia... desta forma, talvez sejamos o povo da inteligência emocional e física, que teria este tipo de contribuição a dar ao mundo... quem sabe?

Mas, até que desvendemos esse mistério, quem reclama da má qualidade da TV e da música no Brasil de hoje deve estar atento à dramática realidade cultural da maioria, pois uma coisa está diretamente ligada à outra, já que o entretenimento existe em primeiro lugar para agradar ao público pagante, atendendo-o no limite da sua compreensão e necessidade.

Celso Rommel

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Hoje, no Brasil...

Supremo Tribunal manda Renan Calheiros deixar o cargo de presidente do Senado. Senado não aceita e vai manter o presidente. Enquanto isso, no Rio, que não tem dinheiro pra mais nada, servidores públicos e polícia se enfrentam com bombas e tiros. O estado de Minas decreta falência. Temer vê seus projetos de reforma econômica ameaçados. Gilmar Mendes, ministro do STF diz que seu colega ministro Marco Aurélio deve sofrer impeachment....

MAIS UM DIA COMUM NO BRASIL

Esta mãe não conseguia encontrar uma boneca com cabelo natural como o das filhas; por isso decidiu criar uma


Para muitas crianças, bonecas são mais do que apenas objetos para brincar. Elas podem ser uma extensão de sua imaginação e serem vistas como uma amiga ou mesmo uma pessoa da família. É por isso que é tão importante que as crianças tenham acesso a bonecas que se parecem com elas ou com aqueles que estão perto.

Por essas razões, a mãe e cabeleireira Mushiya Tshikuka passou muitos natais procurando por uma boneca que se parecesse com suas filhas que são negras.

Ela até conseguiu encontrar bonecas pretas, mas seus cabelos nunca estavam da maneira ideal. Em um post no Instagram sobre sua missão, Tshikuka explicou: “Toda boneca negra que eu vi tinha cabelos lisos, longos cachos esbranquiçados sintéticos ou eram apenas carecas“.


Tshikuka se recusou a se conformar e então decidiu fazer as bonecas com suas próprias mãos. Tudo para que as crianças consigam se identificar no brinquedo e mantenham sua autoconfiança.

O resultado não poderia ser mais maravilhoso, sobretudo porque não apenas a aparência da boneca que está promovendo uma mensagem positiva e inclusiva. A boneca vem com uma canção, também chamada de “My Natural Doll“, que possui uma letra que fala sobre amar a si mesmo.

“Em um mundo onde as bonecas com as quais brincamos e os modelos que vemos molda nossa percepção de beleza e autoconfiança, é importante que nossas meninas estejam constantemente expostas a um reflexo de si mesmas – uma bela pele escura e um cabelo crespo que cresce para o alto da cabeça”, Tshikuka escreveu em Instagram.

Hypeness

sábado, 3 de dezembro de 2016

Guitarra, esta ferramenta polêmica


Você guitarrista já parou pra pensar que todo o som gravado até hoje pelo instrumento símbolo do rock nada mais é do que o efeito que se consegue em uma tábua com fios de aço estirados sobre ela? Básicamente, uma guitarra é só um pedaço de pau com cordas, o mesmo princípio que rege o berimbau, só que mais sofisticado.

Na verdade, em sua maior parte, o som que está sendo emitido pela guitarra não é produzido pela qualidade do instrumento ou dos pedais de efeito. É uma assinatura do sentimento do artista ( ou da alma, como preferir ), que utiliza aquele pedaço de pau como canalizador material do seu vôo espiritual.

Divagações à parte, essa ferramenta, que dizem ter sido inventado na Bahia, é polêmica desde a sua criação até os dias atuais. Nos anos sessenta, os músicos conservadores brasileiros fizeram uma hoje absurda "passeata contra a guitarra elétrica", com gente como Caetano Veloso, Edu Lobo e Nara Leão percorrendo as ruas em protesto contra o instrumento que diziam ser "peça do imperialismo cultural ianque" e "objeto de alienação da juventude".

Mas por emitir, quando distorcida, sons chorosos, rasgados e marcados por intenso ruído, tem sido a guitarra o instrumento que melhor traduz as ansiedades e frustrações da alma do homem moderno. Diferente, por exemplo, do cravo ou do alaúde, instrumentos de som limpo que tem íntima ligação com a arte da Idade Média.

Falando em ruído, essa parte nos chama a atenção, já que guitarrista é um bicho sofredor, por ter que domar a zoada e a microfonia, conviver com notas que nem sempre são exatas, vez que são abaladas pelo sempre forte movimento dos dedos da mão esquerda durante os solos, razão pela qual as guitarras volta e meia estão desafinadas durante um show ( note nos vídeos de Jimi Hendrix quantas vezes ele regula a afinação no meio de suas apresentações ). Por isso tudo é que , ao longo de décadas, é comum o técnico de som culpar ( muitas vezes injustamente ) a guitarra por qualquer zumbido que apareça sem explicação.

Até para ser gravada, a guitarra exige atenção diferenciada, tendo que ser captado o som através de microfones corretamente posicionados na frente de amplificadores e não diretamente na mesa de som, como os demais.  Se esse processo não for feito corretamente, a captura do som estará arruinada.

Em se falando de como tocar essa polêmica engenhoca musical, toda a técnica que hoje se aprecia nos solos de guitarra do rock foi construída tijolo por tijolo, desde Chuck Berry nos anos 50, até George Harrison nos 60, Jimi Page e Richie Blackmore nos 70, Edge, Andy Summers e Ed Van Halen nos 80 e por aí vai... ( claro, omitindo outras dezenas de nomes ). Cada um acrescentou um trecho de conhecimento que vem sendo absorvido de geração em geração. É igual o desenvolvimento tecnológico, evolui com o tempo.
Ainda que meio maldita, a guitarra continua sendo a peça chave na arquitetura melódica da canção influenciada pela tradição roqueira. Tão influente que se criou até a categoria da "air guitar", formada por pessoas que simulam estar em transe tocando uma guitarra invisível. Nos Estados Unidos ( país que reivindica a criação do instrumento ) tem até concurso para escolher quem "toca" melhor nesse estilo.

Em meio ao assalto dos DJs ao longo das últimas décadas e da perda de importância da música enquanto movimento em nível planetário, ainda se vê aquele garoto que compra o seu kit de guitarra para aprender e formar uma banda. 

Para mim isso é vida. Acho que deve continuar sendo assim enquanto o mundo for mundo.

Celso Rommel

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A criança na Terra da Sombra Constante

Não sabíamos mais que horas eram, porque aquela era a Terra da Sombra Constante. Um lugar aos quais os mortais se referiam como a "a extremidade do mundo", o local estranho entre os estranhos, onde as coisas mesquinhas eram mais importantes do que as verdadeiras.

Um pássaro mensageiro que voava na imensidão cinza trazendo uma folha de esperança era abatido ainda no céu pelos caçadores cruéis e, ao tocar o solo, a folha ressecava e se transformava em sangue.

Era a Terra da Sombra Constante e, mesmo no verão, quando a luz ainda mais quente do sol passava pela atmosfera, ainda assim no coração daqueles viventes havia falta de claridade, de forma que o mofo nas prateleiras era normal. Aliás, ninguém notava isso pois estavam obstinadamente ocupados em matar.

A certo ponto da jornada, os fugitivos da Terra da Sombra Constante não sabiam se olhavam para trás ou para a frente e, enquanto ouviam os urubus batendo asas aos milhares, choravam ao lembrar da promissora infância.

Falaram de uma criança que emanava um brilho especial, atravessando os ciclos do tempo, deixando pingar a gota mágica da ternura. Temida pelos cruéis, ela chegaria na fronteira, atravessando o fosso do esquecimento para chegar até aquele desesperançoso lugar.

Era porém aguardada pelos chacais, que a prenderam numa armadilha insidiosa, no alto de uma torre, onde está até hoje. 

De longe notava-se que a torre refletia seu brilho, iluminando o breu das sombras

E quem esteve perto contou que sempre ouvia a criança cantar...

Celso Rommel

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Um Brasil parlamentarista teria mais condições de dar certo

Ouvindo tantos gritos partidários, um país que de tempos em tempos se diz "enlameado" pela corrupção, lutas renhidas por nomes e siglas, mais uma vez me vem à lembrança que votei pelo parlamentarismo, no plebiscito em que as outra opções eram monarquia ou presidencialismo, sendo este último regime o que venceu e está aí hoje dando problema, desde o Marechal Deodoro.

Se não fôssemos presidencialistas e fizéssemos do parlamento nossa casa de governo, algumas soluções seriam mais fáceis. Por exemplo, se o primeiro ministro ( o presidente de fato em um regime parlamentar ) pisasse na bola, poderia ser substituído de um dia para o outro, sem alarde. Não precisaríamos passar anos a fio em um desgastante processo de impeachment.

A eleição do parlamento exigiria mais atenção do eleitorado do que a mera escolha de um nome carismático e salvador da pátria. Tendo que escolher vários nomes, em tese o eleitor ficaria mais a par dos meandros do funcionamento do processo político.

Imagine o que acontece, por exemplo, em países como Japão, Índia e Grã Bretanha, que adotam o parlamentarismo. Não há super homens da política e a falta de um culto à personalidade termina sendo benéfico por estimular o trabalho em prol do país e não para proveito de uma imagem pessoal, eliminando portanto a formação de times, profissionais de palanque e coronéis que só enfraquecem a democracia.

O Brasil parlamentarista seria mais ou menos corrupto do que o que é regido pelo presidencialismo? Seria tão corrupto quanto o povo brasileiro é, afinal corruptos não chegam ao país em naves espaciais.

Há quem analise que tal proposta em um parlamento corrompido como o brasileiro seria uma temeridade. Mas o presidencialismo também tem se provado um caminho inviável, especialmente nos últimos meses, em meio a turbulência que parece não ter fim.

Para saber se é bom mesmo, só experimentando. Ainda assim, se houvesse outro plebiscito hoje, eu votaria pelo parlamentarismo novamente. Afinal, como dizia aquele palhaço: "Pior do que está, não fica".

Celso Rommel

​Por que o anticoncepcional masculino bateu na trave (de novo)?


Desde os anos 60, as mulheres têm a sua disposição uma grande variedade de métodos para evitar uma gravidez indesejada: pílulas, injeções, dispositivos intra-uterinos, entre outros. Sempre foi responsabilidade da mulher fazer algum tipo de intervenção em seu corpo para que engravidasse. E, a depender da disposição dos pesquisadores, nada vai mudar no futuro próximo. Há décadas se investiga uma maneira de “brecar” os espermatozoides, mas nenhuma foi considerada boa o suficiente até hoje.

Na mosca

O Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism publicou neste mês um estudo financiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que poderia mudar a vida dos homens. Foram testados 320 homens entre 18 e 45 anos; eles receberam injeções de hormônios (uma mistura de testosterona e progestina) capazes de impedir a produção de espermatozoides. O teste foi um sucesso e diminuiu em 15 vezes o número de células reprodutivas expelidas pelos homens na ejaculação e evitou a gravidez nas parceiras. A taxa de efetividade foi de 96%.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

​Há uma nova geração de vírus sequestrando discos rígidos no Brasil


Enquanto você aproveitava o feriadão, vários profissionais de segurança da informação não tinham a mesma sorte. Renato Marinho, pesquisador da Morphus Lab, foi um dos que não conseguiu aproveitar a tão merecida folga. Naquela quarta-feira, ele atendia a um chamado em uma empresa multinacional com sede no Brasil que sofria um tipo de ataque cada vez mais comum. Os computadores da companhia haviam sido infectados por um ransomware – uma espécie de vírus que criptografa os arquivos de uma pessoa e pede resgate financeiro para liberá-los.

Funcionou, como todos os vírus do tipo, quase como um sequestro virtual. No caso do malware em questão, porém, o rapto era bastante peculiar, inédito. "As máquinas impactadas pelo malware apresentavam a mensagem de resgate na tela de inicialização, antes mesmo da carga do sistema operacional”, conta o pesquisador.

sábado, 26 de novembro de 2016

A imoral distribuição racial na TV brasileira

POVO BRASILEIRO
Povo brasileiro, segundo a TV brasileira

Dos 191 milhões de brasileiros em 2010, conforme o Censo, 91 milhões se classificaram como brancos, 15 milhões como pretos, 82 milhões como pardos, 2 milhões como amarelos e 817 mil como indígenas. Registrou-se uma redução da proporção de brancos ( que em 2000 era 53,7% e em 2010 passou para 47,7% ) e um crescimento de pretos (de 6,2% para 7,6%) e pardos (de 38,5% para 43,1%). Sendo assim, a população preta e parda passou a ser considerada maioria no Brasil (50,7%). Isso sem falar naqueles que se declaram "brancos" quando na verdade são pardos, o que nos leva a crer que na realidade a maioria é ainda mais abrangente.

Ou seja, temos um país  majoritáriamente de pardos. Alguns talvez não tolerem esse fato, por motivos estéticos, comerciais ou conceitos copiados de países europeus mas, a menos que se faça algum tipo de eugenia ou purificação racial nos moldes da Alemanha nazista, não há como deter a maré. Muito pelo contrário, já que a tendência desta maioria é se tornar, com o passar dos anos, absoluta.

Em países com esta característica, como Índia, Paquistão, regiões da América Central e África, a realidade racial da população aparece na tela da TV na mesma proporção. Não poderia ser diferente, já que a concessão de um sinal de televisão emana do povo, através de seus representantes políticos, portanto esse mesmo povo tem o direito primordial de ser mostrado na TV tal como é.

Note exemplos do padrão racial televiso nas imagens abaixo, em cada país:

Programa de comédia na Índia

Elenco de novela no Marrocos

Apresentadores de telejornal no Sri Lanka
Apresentador de telejornal na Nicarágua

Agora, pensemos no nosso país. Um estrangeiro que conhece o Brasil a partir de nossas prestigiadas novelas e não tenha outra pista a respeito da formação do nosso povo, poderia pensar que a terra brasilis é ocupada por nórdicos, tal a quantidade irreal de loiros e loiras que ilustram a programação. Senão vejamos: em TODAS as novelas da moda conte quantos negros e pardos fazem parte do núcleo central da trama. Nos telejornais faça também a mesma contagem no número de apresentadores e repórteres. 

Nas últimas décadas, com o surgimento do "politicamente correto", a principal emissora de TV no Brasil buscou incorporar uma quantidade maior de atores e apresentadores de pele escura visando despistar o olhar crítico de alguns observadores. Ainda assim, em proporção bastante reduzida, da ordem de dez caucasianos para um mulato: o inverso portanto do mundo real. Sem mencionar que os pardos são sempre protagonistas de papéis "menores" retratando personagens de conduta tida como "inferior", em comparação com o galã, o herói ou a mocinha na trama, todos brancos.

Esta constatação nos leva a denunciar um grave crime cometido contra a dignidade da população brasileira, cujo acesso à representatividade nos canais de TV tem sido negada desde a fundação deste tipo de serviço no país até os dias atuais, em uma amostra de racismo comparável somente ao da TV sul africana no tempo do apartheid, com o agravante de que no Brasil se tem ainda por cima a iniciativa de iludir a população com atenuantes hipócritas visando faze-la aceitar a discriminação como fato normal, coisa que tem sido feita com sucesso.
O crime que se tornou coisa comum, do cotidiano ( de negar a representação na TV à maioria do seu povo ), tem provocado dramas psicológicos incuráveis nas mentes em formação de gerações de crianças de origem afro ou indígenas que, ao serem bombardeadas diuturnamente por esta ilusão grandiosamente fabricada, tendem a acreditar que nasceram na "raça errada", que fazem parte de uma "população de segunda classe" ( quando na verdade compõem a maioria ) e que precisam, portanto, "se adaptar para serem aceitas", fazendo uso de vários artifícios cosméticos, com inestimáveis abalos para a auto estima.

Enquanto o Brasil não aceitar a sua própria gente não poderá se denominar nação.

Enquanto existirem por aqui núcleos de pessoas vivendo em bolhas sociais, desconectadas do mundo real, continuará chiando a bomba relógio em que se transformou o Brasil.

A propósito, quantos governadores pardos já foram eleitos no estado com maior concentração de negros fora da África?

Celso Rommel

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Um vício estranho: este homem está comendo tijolos, lama e pedras há 20 anos


Um homem indiano afirma ser viciado em comer tijolos, pedras e lama. Pakkirappa Hunagundi, de 30 anos, desenvolveu este gosto e dependência por objetos não comestíveis aos 10 anos de idade. Daí em diante, ele afirma que consome até 3 quilos de detritos por dia, todos eles encontrados na aldeia de Karnataka, na Índia. Apesar de sua doença rara, ele afirma ser saudável.
Não parece ser um alimento saboroso, podemos notar isto na cara do seu filho. Seu estranho vício causa desconforto à família e amigos, que tentaram ajudá-lo a parar, mas não conseguiram. Ele afirma que não quer parar e perder sua crescente fama de “comedor de tijolos”

Que consequências uma anistia ao caixa 2 poderia trazer para a Lava Jato?


Em meio à grande polêmica sobre a possibilidade de perdão a políticos e partidos que tenham praticado o caixa 2 (movimentação irregular de recursos de campanha), a Câmara dos Deputados adiou para a próxima terça-feira a votação do pacote de medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público Federal (MPF).

Um das propostas prevê a tipificação do crime de caixa 2, e parlamentares de diversos partidos querem aproveitar a oportunidade para aprovar uma anistia para todas as transações desse tipo praticadas até a criação da nova lei.

A iniciativa é vista como uma tentativa de livrar centenas de políticos de eventuais denúncias dentro da Operação Lava Jato. Está em fase de conclusão a assinatura de um acordo de delação com dezenas de executivos da Odebrecht, que deve apontar doações irregulares para diversos candidatos e partidos.

Deputados do PSOL e da Rede dizem que todos os demais partidos estão envolvidos na articulação para aprovar a anistia, o que os principais líderes da Casa negam.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O penar do ser humano sobre a terra, sem saber de onde veio nem pra onde vai

Não sabemos precisar onde começa a história do ser humano na terra e isso tem se tornado consenso entre os catedráticos. Entre os religiosos, os Testemunhas de Jeová sustentam a fé de que a civilização humana pós-dilúvio não ultrapassaria os seis mil anos de fundação, ou seja, teria começado na idade em que se supõe terem sido iniciadas as pirâmides do Egito.

A história da destruição de Atlântida contada por Platão ( que desde então fascina a imaginação de gerações ) remontaria a pelo menos nove mil e seiscentos anos antes de Cristo. 

São discrepâncias que, em todo caso, também não paream com a história oficial, a qual sustenta estarem aqui nossos antepassados saindo das cavernas e construindo coisas há aproximadamente dez mil anos ao todo.
O que intriga a arqueologia atual é a descoberta dos chamados "objetos fora do tempo" ( ou "ooparts"), que fundem a cuca dos pesquisadores com demonstrações de tecnologia acima do que supomos para determinada época, como uma pilha elétrica encontrada nas ruínas do Egito e representações nas paredes das pirâmides de helicópteros, tanques de guerra e aviões muito parecidos com os atuais, o que bate com relatos do Mahabarata ( livro épico e sagrado do hinduísmo, mais antigo do que a Bíblia ) a respeito da existência de máquinas voadoras chamadas "vímanas" na antiga Índia... e por aí vai. Há relatos até de parafusos e velas de ignição encontrados incrustados em rochas que datam de milhões de anos.
Será que já não vimos esse filme antes e esquecemos? Jacques Bergier sustenta em "O Despertar dos Mágicos" que a civilização é cíclica e condenada a apagar o período anterior a cada hecatombe e consequente volta à pré história.

Imagino que isso seja perfeitamente possível, visto que toda construção humana em concreto armado ou aço é consumida pelas intempéries no espaço máximo de mil anos... portanto, tudo que não é feito em pedra maciça desaparece na maré do tempo, sem deixar marcas. Não haveria em um milênio, qualquer traço da Bahia sobre a terra se a civilização do caruru sofresse um colapso e fosse tragada pelo mar ou pela selva. Como poderiam nossos descendentes pós apocalípticos saberem, por exemplo, o que é um berimbau? Revistinha de cordel, capoeira, tudo viraria vento, como as vozes dos faraós as quais nunca saberemos que som tinham
Isso nos leva ao inevitável questionamento... quanto de nós mesmos realmente sabemos? Ao que me parece o ser humano é um bicho perdido que acredita ser inteligente mas caminha sem coleira rumo ao desconhecido, talvez em vias de ser atropelado a qualquer momento por um caminhão.

E ainda assim, vamos seguindo essa estrada penosa no meio do vale de lágrimas, matutando sem muitas pistas sobre o que significaria o velho inimigo: a morte. 

O que mantém a estrutura humana é o amparo de nossas crenças, estas mantidas de forma milagrosa em meio a era materialista da tecnologia. 

Entretanto, com base na loucura agressiva que se vê hoje aumentando em escala exponencial e na veracidade da teoria de uma civilização cíclica, não estaríamos livres de voltar a estaca zero. 

Deus, dê juizo a esse povo...

Celso Rommel

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O melhor lugar do mundo é na sombra de uma árvore

Elas nos observam há milênios e conhecem de nós o suficiente para ficarem mudas diante de nossa vaidade. As árvores. O verde da esperança que ampara, nutre, cura, acalma. A sombra onde repousa o animal, o homem e também outras plantas. 

Não entendo como tem gestor público que, ao invés de plantar mais árvores, como seria recomendável em um mundo cada vez mais quente, prefere abater as que existem, como se o barulho do vento na folhagem lhes soasse desagradável. Ou seria o canto dos pássaros, atraídos pelos frutos das árvores, que causariam indignação nestas pessoas a ponto de decretarem sentença de morte para nossas amigas?

Na verdade estou aguardando o dia em que será lei cada cidadão ter uma árvore na porta de casa, para contribuir em beleza e frescor e dar um pouco mais de vida ao concreto das cidades.

Isso só até o dia em que não será mais lei. Vai ser quando todo mundo perceber que bom é estar debaixo da sombra de uma árvore.

 O melhor lugar do mundo.

Celso Rommel

Candidato a vereador 'transforma' número de votos em árvores


O estudante de Arquitetura e Urbanismo, João Marcos Cunha Filho, de 24 anos, se candidatou a vereador de Colatina, no Espírito Santo, neste ano, mas não foi eleito. Com propostas voltadas ao meio ambiente, o jovem decidiu transformar o número de votos que recebeu, 873 no total, em árvores que serão plantadas ao longo de quatro anos.

A ideia surgiu para cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral: reflorestar nascentes, margens dos rios e topos de morros em Colatina, município que sofreu os impactos ambientais do desastre de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. Ao Catraca Livre, João contou que já plantou algumas mudas de espécies, como paineira rosa, ipê amarelo e pata de vaca.

Assim que soube do resultado das eleições, o estudante fez um post no Facebook para explicar o projeto do plantio de árvores, mobilizando muitas pessoas interessadas em ajudar. "Agora, estou em busca de doação de mudas e sementes. Pretendo, com as sementes, criar minhas próprias mudas que serão doadas e também plantadas por mim", afirma.

domingo, 20 de novembro de 2016

Se são os deuses astronautas... então porque não me pagam um acarajé?

Um tempo absolutamente incompreensível ou o desfecho esperado pelos profetas? O tempo em que estamos vivendo é pra tudo. Não só a cachaça "pra tudo", famosa na Bahia, mas o momento em que todas as linhas parecem ter esgotado a tinta com destino à decisão. 

Diria eu que não haveria melhor tempo para que os alienígenas se revelem ( ou se escondam de uma vez ) para que o Vaticano entregue seus supostos segredos, para que os hackers escancarem a trama dos imperialistas, para que emerja do desconhecido oceano profundo a besta, o povo sereia,  a cidade sagrada, a cura de todos os males ou simplesmente... o fim.

Sim, o fim calculado pelos geofísicos, um terremoto, a detonação dos supervulcões do Parque Yellow Stone, a explosão da bomba suja conquistada a peso de ouro pelos terroristas árabes, a detonação do míssil da vingança de Pyongyang... e de repente se instala o pânico nunca antes visto, senão em milhares de filmes hollywoodianos que mostraram tudo antes, como se os diretores já soubessem de tudo, de alguma forma.

Mas, se nada disso, acontecer... e se for só mais um dia, apenas outro dia sem mágica alguma? Nós ficaremos sonolentos de novo e alguns de nós buscarão o verdadeiro sentido em redes sociais, drogas, vídeo games, sexo, religiões esquisitas, enquanto outros conseguirão se encaixar perfeitamente na caretice, drogando-se com dinheiro.

E ai surgirão de novo os líderes carismáticos, as guerras estúpidas controladas por vendedores de armas, as bandas de rock absolutamente vazias, a fila interminável de propagandas descompensadas pelo fato de que não há dinheiro em mãos para tantas compras sugeridas, as tolas disputas políticas, os filmes e ídolos previsíveis em um mundo de isopor que se torna cada dia mais falso.

Neste ínterim, o médium cego avisa que a verdadeira revolução está próxima. E o que você faz? 

Bota mais pimenta no seu acarajé.

Celso Rommel