"Tudo que é importante costuma ser ignorado", Louis Pauwels

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Sonhos lúcidos, portais para o infinito


Existirá o super homem? Se a ordem evolucionária que percorreu o caminho do Neanderthal ao Homo Sapiens ainda estiver em curso, podemos supor que um dia a humanidade ascenderá a um nível maior, tal qual a literatura e a tecnologia o fizeram desde a prensa de Gutemberg ao Windows de Bill Gates. 

À parte o criacionismo, a respeito do qual não pretendemos debater no momento, a evolução de Darwin parece ser a hipótese mais racional, embora existam outras que também o sejam, apesar de algumas teorias soarem por demais excêntricas para outros tantos. 

Rebuscando a evolução como o esmeril das espécies, estaríamos ainda em plena luta pela afirmação da raça, não em relação aos predadores carnívoros mas quanto a alguns enigmas da própria vida, as doenças e a mortalidade os mais importantes deles. Neste ínterim, nós humanos conseguimos já alguns passos importantes, a partir do alvorecer da nanotecnologia, passando pelo completo mapeamento genético do corpo humano e a fabricação de órgãos humanos em laboratório.

Em tudo, há sempre a pergunta sobre a questão da alma. Um espiritualista me comentou certa vez que "o corpo de um ser humano clonado no futuro deverá ser ocupado por uma alma de baixo merecimento, por não ser fruto do processo natural de reprodução". É uma questão a ser debatida nas rodas místicas mas que merece também consideração, principalmente no momento em que genética e religião tiverem o seu encontro definitivo ( a menos que atos terroristas ou catástrofes naturais impeçam este inevitável desfecho ). Certamente o assunto ainda será tratado com a profundidade filosófica adequada.
Um ponto a respeito da evolução humana ao qual gosto de fazer certa consideração é com relação ao processo do sonho. Afinal, para que serve? Sendo esta uma atividade tão natural quanto dormir ou comer, haveria de funcionar por algum motivo específico. Neurologistas supõem que sonhar esteja intrínsecamente ligado ao equilíbrio emocional e atividades que vão desde a memória ao humor. O que acontece durante o sonho, porém, é que provoca espanto e indagação.

Já foram relatados casos de sonhos proféticos, de contato à distância, simbólicos e até exploratórios de realidades que transcendem a compreensão de uma pessoa desperta. Ousaria dizer que, além de transpor os limites da mediocridade, através do sonho podemos ter acesso à dimensões, coisa que tem sido estudado secretamente por governos desde a guerra fria e foi retratado no livro adaptado para as telas por Hollywood em"The Men Who Stare at Goats" ( no Brasil, "Os Homens que Encaravam Cabras" ).

Se o caminhar no mundo material é limitado, a experiência no mundo onírico ( tal qual os antigos místicos já relatavam acontecer com a alma ) não tem barreiras, exceto a da própria consciência. Nesse ponto tem surgido várias técnicas de meditação e até equipamentos que prometem auxiliar o onironauta a tomar as rédeas do processo durante o sono, passando a comandar seu próprio sonho.  Seria uma forma pré histórica de acesso ao famoso sonho lúcido, desejado pelos psicodélicos.

Hoje não sabemos direito para que serve o sonho, mas o sonho lúcido poderá nos dotar de novos sentidos ( além da visão, olfato, tato e paladar ), experiências e ensinamentos, partindo do pressuposto de que possa nos conectar com realidades desconhecidas.

Hoje podemos achar tudo isso que você está lendo seja uma mixórdia de especulações, mas haverá o dia em que será coisa comum, como fritar um ovo ou navegar na internet.

Celso Rommel

2 comentários:

  1. Eu controlo meus sonhos, achava que isso era normal a todos! Eu escolho sonhar com o que quiser e durante o sonho faço o que me der vontade.como vc falou, tomo as rédeas, até agora achava que isso era normal a todos. E ainda acho que é. Rsssrs

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