Robert Crumb, um dos cinco filhos do militar de carreira Charles V. Crumb, nasce em 30 de agosto de 1943 na Philadelphia (EUA) em um ambiente católico e conservador; com um pai de modos violentos (lhe quebrou a clavícula quando tinha cinco anos) e uma mãe fervorosa torturada pela culpa, Robert e seus irmãos tiveram que aprender a fugirem rapidamente, e para ele nada tão a mão como aqueles quadrinhos de que tanto gostavam.
Ainda que certos biógrafos assegurem que Robert começou a rabiscar hábil e espontaneamente com apenas três anos de idade, sabemos que por imposição Charles – o maior – obrigava a seus irmãos varões a ilustrar uma vez e outras variações sobre a versão cinematográfica de A Ilha do Tesouro (que os havia fascinado), e foi graças a ele que Robert aprendeu a desenhar rápido e bem (“Para sair rápido disso”, diria depois em um das suas muitas revistas autobiográficas): “ Eu gosto de desenhar, isso é tudo, é um hábito que tenho profundamente enraizado, e é devido ao meu irmão Charles. Ele foi quem começou com tudo isto dos quadrinhos quando éramos crianças; estava obcecado por eles, não lhe interessava que faziam os meninos normais, nem jogos, nem os esportes. Não fazia mais que ler quadrinhos, desenhá-los, pensar e falar deles. Eu gostava de desenhar, mas porém me interessavam muitas outras coisas além dos quadrinhos. Eu gostava de desenhar cenas realistas com edifícios, carros, coisas assim; a ele não interessava nada disto, unicamente os quadrinhos. Nos reuníamos e conversávamos sobre quadrinhos. De fato, a companhia dos quadrinhos “o clube de quadrinhos Crumb” éramos os cinco irmãos: Charles, Robert, Carol, Sandy e Maxon.”
Por meio de Charles e sua coleção, Robert conseguiria despontar preparado no mundo da ilustração satírica, donde mais tarde seria uma figura capital; em 1958 descobriu a revista Mad, ficando fascinado por gente como Harvey Kurtzman, Basil Wolverton e Bill Elder, que inspiraram claramente a Robert e Charles a criar sua primeira fanzine, Foo Crumb Brothers Almanac: Sátiras e Paródias (em referência às antigas revistas de Smokey Stover), onde um Crumb de quinz anos começaria a desevolver um de seus personagens mais famosos, Fritz, The Cat. Infelizmente, o projeto Foo – editado originalmente em setembro de 1958 – não teve o êxito esperado (realmente circularam poucas cópias), e os irmãos desgostosos queimaram a maior parte dos exemplares existentes. Por dedicarem toda atenção a esta sua afeição, os Crumb se transformaram rapidamente em uns “bichos do mato” cuja vida social se reduzia unicamente a ensinar seu trabalho a seus companheiros de estudos e a vendê-lo pela vizinhança (ou ao menos tentar fazê-lo).
Além do desenho, Robert não tardaria em mostrar-se muito precoce em outro aspecto que também o marcaria por toda vida: a sexualidade, que foi despertada em tão antecipada idade que – segundo conta ele mesmo – erotizava nada mais e nada menos que o Coelho Pernalonga (Bugs Bunny) de sua mais terna infância... assim como as botas de couro de sua tia e o desejo irrefreável - e as vezes satisfeito – de cavalgar sobre elas. Com libido infantil, somada a um caráter tímido e introvertido (e uma educação primária de colégio católico que lhe enredou e emaranhou a psique – ainda mais se cabe - até convertê-lo em um pequeno puritano reprimido e desorientado), não lhe facilitaram em absoluto as coisas na hora de se relacionar com os outros (sobretudo com as meninas), de modo que quando Robert chega a escola superior, se verá incapaz de integrar-se com seus companheiros:
“Recordo que aos treze ou quatorze anos, quando tentava ser um adolescente normal, fazia o ridículo. Tentava me comportar como eles e me tornava ridículo, muito estranho, de modo que deixei de fazê-lo e me tornei uma sombra. Nem sequer estava ali, as pessoas nem sequer estavam conscientes de que eu estivesse ali, em seu mesmo mundo. Aquilo me anulou por completo, já que havia desaparecido a pressão por tentar ser normal. Passei a me interessar pela música antiga, tentei me juntar aos negros, ia de porta em porta procurando por discos velhos, coisas como essas que são inconcebíveis para um adolescente normal. Quando tinha 17 anos passei a ter essa obsessão de que passaria a história com um grande artista e que essa seria minha vingança.”
Essa atitude anti-social acompanhará Robert Crumb adiante e para sempre, provocando que – ao menos até os vinte e tantos anos – se sinta profundamente reduzido a nada, reprimido e enojado com tudo que o rodeava. Em outubro de 1962 toda a família Crumb se muda para Cleveland onde Robert encontra trabalho como ilustrador na empresa de cartões de felicitações American Greeting Card Company, em que cada empregado desenhava um cartão após outro como uma se fosse uma cadeia de montagem; ao mesmo tempo, e para se desprender de semelhante e tediosa rotina, começa a fazer seus primeiros quadros em algumas publicações underground como Yarrowstalks, realizando além disso ilustrações e tiras semanais para o periódico The East Village Other de Nova York.
Ao cabo de dois anos de monótona existência, conheceu Dana Morgan para cumprir a profecia que pai fizera anteriormente de que se casaria com a primeira mulher que encontrasse (com quem teve um filho e rapidamente se desentendeu); entretanto, o LSD aparece em sua vida pela primeira vez para mudá-la absolutamente em tudo. Rapidamente, sua maneira de desenhar se transforma num estilo totalmente psicotrópico e surrealista (conforme os tempos reinantes), de modo que em 1967 – animado pela reação favorável que receberam alguns desenhos seus publicados em fanzines alternativos – decide se mudar com Dana para San Francisco, epicentro do movimento hippie e das comunidades libertárias que então se formavam em pleno auge da psicodelia e do chamado flower power. Porém, e nas palavras do próprio Crumb, ele não se sentia parte desse ambiente: “Deus sabe que tentei. Vinha aqui todos os dias e tentava ser um deles, naturalmente o fazia para ver se me tocava algo de todo esse amor livre, mas não comi uma rosca, me diziam: - você é dos narcóticos (polícia) – e nas festa todos se afastavam de mim, e eu tinha mais ou menos a aparência de agora. Me lembro que uma vez Janis Joplin me deu um conselho, me disse: - Crumb o que há com você, não gosta das meninas? - , e eu respondi: - Claro que gosto das meninas, o que acha? – e ela me respondeu: Pois então deixa crescer a barba, vista um dessas camisas de cetim, uma jaqueta de veludo, umas calças boca de sino e uns sapatos modernos e verá como funciona - , mas não podia fazê-lo, todo aquilo me parecia demasiadamente estúpido, não era comigo. Nunca fui um hippie autêntico, eu não era valente o bastante...quero dizer em espírito; em meu espírito habitavam demônios obscuros e os hippies sabiam, eles era capazes de detectar tais vibrações.”
Capa do disco Cheap Thrills, de Janis Joplin. Feita por Crumb, que confessa nunca ter gostado de rock |
Foi também em San Francisco, no início de 1968, que Crumb publicaria o primeiro número de sua fanzine Zap Comix, considerada como o registro do nascimento do chamado quadrinhos underground ou comix; durante este período, Crumb seguiu experimentando no mundo das drogas, conseguindo em troca algumas más experiências com o LSD, que levaram a Robert, sem dúvida, a criar alguns de seus mais famosos personagens, incluindo Mr. Natural. Zap Comix se tornou um grande êxito da noite para o dia, e ainda conseguiu atrair a atenção do público, infelizmente também atraiu a das associações feministas, que se queixaram repetidament de que as mulheres nos quadrinhos de Crumb não eram mais que meros objetos sexuais; de fato, a história de 1969 “Joe Blow”, que apareceu publicada no número quatro de Zap, levou Robert aos tribunais por obscenidade e por seu tratamento em relação ao tema do incesto.
A este respeito Richard Corben, outro adido das hostes hippies dos quadrinhos também venerado e discutido como Crumb, afirma: “Os anos de 1970 foram também alguns dos momentos mais difíceis para Crumb. No número um de Zap, publicado em 1968, Crumb criou uma história de seis vinhetas em que aparecia um personagem de pés enormes e a frase que se tornou famosa Keep On Truckin’ (Mantenha A Pegada), título de um blues antigo de Blind Boy Fuller. Essa imagem se converteu em um ícone muito popular da contracultura hippie e Crumb receberia os royalties durante anos. Porém um pleito judicial inesperado pôs em dúvida os direitos de autor de Crumb (que nunca foram registrados), e em 1977 um juiz federal acabou determinando que Crumb havia deixado a imagem cair em domínio público, liberando assim aqueles que piratearam sua imagem de pagar qualquer tipo de direitos a Crumb. Depois foi demandado (pelo Departamento de Impostos) a pagar uma fatura na fazenda no valor de 30.000 dólares (tendo que mudar-se momentaneamente para Paris onde permaneceu enquanto negociava seu retorno). É por esta data que se divorcia de sua esposa Dana.”
Durante estes anos, encontramos seu trabalho dividido entre dezenas de revistas underground, entre elas Uneeda, Big Ass, Motor City Comics, Oz Magazine, Dirty Laundry, XYZ e muitas outras; em 1968 Fritz, The Cat consegue um espaço definitivo na revista Cavalier, de onde salta para a fama, sendo também nesta época que Crumb desenha a famosa capa para o disco Cheap Thrills de Janis Joplin and The Big Brother & The Holding Company, passando a ser conhecido em todo o mundo. Mas Crumb não se sente à vontade sendo o centro das atenções, de modo que, cansado de se ver exposto publicamente, recusa-se a fazer outra capa de disco para os Rolling Stones, assim como aparecer como convidado no programa popular da televisão norte americana Saturday Night Live, e se retira da aparição pública: “ Nem falar, não queria aparecer no Saturday Night Live, os Rolling Stones queriam que desenhasse para eles a capa de um álbum, tive um par de propostas assim. Depois de um ano de reconhecimento, da estupidez da fama e tudo isso, sinceramente disse: Vai a merda!. Empenhei-me a desenhar nas minhas revistas a parte mais obscura de mim mesmo, algo que até então se manteve oculto.”
"O carinha que vive dentro do meu cérebro"... esse desenho é um de seus pontos mais altos, na minha opinião |
Desde o princípio dos anos de 1970, Crumb se instala em um sítio na Califórnia onde, além de desenhar, desenvolve sua outra obsessão: a busca compulsiva por discos antigos de 78 rpm, formando um coleção seletiva de milhares deles fruto de sua paixão pela música negra antiga (blues, jazz, honky tonk, etc.), pois não foi em vão que passou muito tempo de sua adolescência visitando as casas de velhos negros sulistas em busca de gravações em vinil de seus antepassados: “Quando ouvia música antiga era uma das poucas vezes que sinto uma espécie de amor pela humanidade. É como ouvir o que há de melhor na alma de gente normal. É sua forma de expressar a conexão com a eternidade o como queira chamá-lo. A música moderna não é assim, é uma perda lamentável que o povo já não possa se expressar.
Nos anos 20 e 30, antes da explosão da cultura de massa e dos instrumentos elétricos, surgiram nos Estados Unidos e Europa um grande números de companhias discográficas que produziam toda classe de música em discos de 78 rpm. Havia música dançante, blues, jug bands (grupos que tocam instrumentos não convencionais como jarras, bico de garrafas, etc.), country, folk e jazz. Existia um relação maior entre músico e ouvinte naqueles dias, quando ainda se sabia as letras das canções. Em direção aos anos de 1940, os músicos profissionais haviam se desvinculado de toda marginalidade, assim como de grande parte da imaginação e talento”.
Em 1975, o Ministério da Fazenda dos EUA, ameaçou confiscar-lhe a famosa coleção de discos por não pagar impostos, porém afortunadamente amigos e fãs de Crumb lhe mandaram – em resposta a sua eloqüente petição de ajuda – o suficiente em dinheiro para pagar o resgate. Além de servir para lhe dar semelhantes dores de cabeça (e servir para conhecer o arquivista Harvey Pekar, com quem compartilhava afeição pela a música e pelos quadrinhos, dando lugar a uma parceria em American Splendor de 1976), a coleção de discos também havia servido de musa inspiradora na criação – em 1972 – de uma banda de swing, a Keep On Truckin’ Orchestra (posteriormente mudada para The Cheap Suit Serenaders), composta pelo próprio Crumb – banjo e vocais – e vários de seus amigos (Bob Armstrong – também desenhista de quadrinhos - , Allan Dodge, o produtor Terry Zwigoff, Tom Marion e Bob Brozman) em um mesclado sortido de instrumentos acústicos, incluindo um serrote. Os músicos dos Serenaders eram caseiros que, na qualidade de amadores, faziam apresentações freqüentes nos clubes muitos prestigiados como The Village Gate de Nova York e The Other Café em San Francisco, com uma sonoridade campestre anos 1920 e 1930 de raízes sulistas e múltiplas influências atreladas à letras divertidas beirando o absurdo.
O personagem Fritz, the Cat. Virou gibi e desenho animado de sucesso. |
A partir de 1978 começam a editar vários livros de bolso do artista, pagando com os benefícios obtidos pela publicação a enorme dívida que contraiu no passado com a Fazenda; será neste mesmo que Crumb conhece aquela que se tornaria sua segunda e atual esposa, a também desenhista de quadrinhos Aline Kominsky, com ela terá um menina por quem Robert babará adiante. Em março de 1981 (depois de colaborar somente em diversas antologias) decide editar seus próprios trabalhos, dando a luz à revista Weirdo (para a qual desenhou grande parte de sua produção dos anos de 1980 e coordenou junto com Aline vinte edições alternadas das vinte e sete que durou o título) e mais tarde a Hup (1987), outro título sozinho desta vez com a editora independente Kitchen Sink, nas mãos do conhecido editor Dennis Kitchen, que desde 1978 já havia compilado muito do trabalho de Crumb em sua revista independente Mondo Snarfo.
Se durante os anos de 1970 Crumb exorcizava os demônios de sua própria fama através de toda uma série de revistas alternativas e minoritárias, nos anos de 1980 o viram lutar – com característica auto-flagelação – contra a idéia alimentada de que já havia passado o melhor de sua vida e obra; todo o trabalho que nos havia oferecido até então – era um prova irrefutável de que nunca perdeu seu talento. De fato, em meados dessa década a carreira de Crumb conquistou um grande reconhecimento público quando seus desenhos começaram a aparecer em revistas de tirada nacional como Newsweek, People, etc., e incluindo nisso uma aparição em cadeia na televisão britânica BBC; no mais, sua obra se apresentou em uma das mais prestigiosas galerias de arte da cidade de Nova York sob o título “Psycadelic Solution”, enquanto que em 1990 o Museu de Arte Moderna de Nova York incluísse seu trabalho em uma exposição chamada “High & Low” junto com trabalhos de outros famosos desenhistas. Para ele ainda era pouco, começa a colaborar em prestigiosas revistas como Raw (dirigida por Art Spiegelman), enquanto que – paralelamente a realização de suas revistas – inicia sua sóbria carreira como ilustrador tanto de discos compactos, coleções de discos antigos e baralhos de antigos bluesmen como de livros de Bukowski (O capitão saiu para comer e os marinheiros tomaram o barco, 1993) ou Zane Mairowitz (Kafka para principiantes, 1994).
Os anos noventa conheceram um Crumb já desencantado com a vida nos Estados Unidos, de modo que em 1993 se muda permanentemente da Califórnia para um pequeno povoado no sul da França onde vive feliz e tranquilamente com Aline e sua filha Sophie (as quais adora e venera em muitas de suas historietas) em uma casa de campo que trocou com seu proprietário e admirador pessoal por seis livros cheios de desenhos e esboços pessoais. Em 1995 – junto com sua esposa Aline – edita duas edições sob o título de Self Loathing Comics, em ambas peculiarmente nos conta as experiências de sua também peculiar vida diária no povoado francês de Aveyron. Ali será premiado em 1999 – em reconhecimento a sua obra e trajetória – com o prestigioso Gran Prêmio do Festival de Quadrinhos de Angulema, presidindo o do ano seguinte e auspiciando a exposição que lhe foi dedicada sob o título de Quem tem medo de Robert Crumb?, que foi motivo de polêmica devido ao cartaz que representava a imagem oficial e publicitária do evento, autocensurado finalmente por mostrar um nu que no parecer era “demasiadamente chocante”. Em abril de 1995 estréia “Crumb”; produzida por David Linch e dirigida por seu amigo e violoncelista nos Cheap Suit Serenaders, Terry Zwigoff, este filme/documentário faz uma deliciosa e detalhista dissecação da vida e obra do artista pela mão do próprio Crumb, que aborda sua singular idiossincrasia e particular visão do mundo que o rodeia, buscando em suas paixões e obsessões mais recorrentes num roteiro que captura, surpreende e sobressalta por momentos o espectador.
Mesmo que a idade o tenha acalmado (já não trai a sua mulher – ou quase -), e não se droga há muito tempo – ou quase -), dedicando-se a sua filha e ter vivido um crescimento espiritual através da meditação, Robert Crumb permanece inquietando-se “regularmente” com recordações de uma imaginação febril e alucinada por mais que passem os anos. O que todavia é para agradecer num mundo de uniformidade mental e global onde tanto ele como nós vivemos. Atualmente – e por infortúnio – desenha cada vez menos quadrinhos, ainda que (para compensar) aparecem com mais frequência livros com seus esboços e ilustrações mais intimistas, como são Miettes (Migalhas), The R. Crumb Handbook (que inclue autobiografia, uma enorme recopilação de vinhetas e um cd com gravações do próprio Crumb acompanhado por grupos diferentes realizadas entre 1972 e 2003), os numerosos Crumb’s Sketchbook (diários ilustrados) ou Waiting for Food e Waiting For Breakfast, todos eles magníficas amostras de um humor mais irônico, refinado e comedido, ou se quiser, simplesmente mais maduro e meditativo.
Robert Crumb, um dos maiores nomes dos quadrinhos undergrounds americanos e mundiais, recebeu em 2012, homenagem a altura: uma antologia de mais mil páginas com obras selecionadas por ele mesmo. São seis livros em capa dura, chamados Robert Crumb - The Sketchbooks 1982-2011. Com 1344 páginas das maluquices saídas da mente do roteirista, e além das obras reunidas, no pacote estão mais 400 desenhos inéditos, esboços, anotações e outras coisas mais como desenhos inéditos autografados e introdução escrita do próprio punho de Crumb. Os primeiros seis volumes farão as seleções de melhores obras de Crumb de 1964 e 1981, ainda não têm a data de lançamento. A má notícia é que a coleção lançada pela Taschen Books, não é nada barata, está por volta de mil dólares, acessível apenas para os fãs mais fanáticos e de classe privilegiada.
Em 1994 saiu esse documentário detalhado sobre avida de Crumb.
Em 1994 saiu esse documentário detalhado sobre avida de Crumb.
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