Um tempo absolutamente incompreensível ou o desfecho esperado pelos profetas? O tempo em que estamos vivendo é pra tudo. Não só a cachaça "pra tudo", famosa na Bahia, mas o momento em que todas as linhas parecem ter esgotado a tinta com destino à decisão.
Diria eu que não haveria melhor tempo para que os alienígenas se revelem ( ou se escondam de uma vez ) para que o Vaticano entregue seus supostos segredos, para que os hackers escancarem a trama dos imperialistas, para que emerja do desconhecido oceano profundo a besta, o povo sereia, a cidade sagrada, a cura de todos os males ou simplesmente... o fim.
Sim, o fim calculado pelos geofísicos, um terremoto, a detonação dos supervulcões do Parque Yellow Stone, a explosão da bomba suja conquistada a peso de ouro pelos terroristas árabes, a detonação do míssil da vingança de Pyongyang... e de repente se instala o pânico nunca antes visto, senão em milhares de filmes hollywoodianos que mostraram tudo antes, como se os diretores já soubessem de tudo, de alguma forma.
Mas, se nada disso, acontecer... e se for só mais um dia, apenas outro dia sem mágica alguma? Nós ficaremos sonolentos de novo e alguns de nós buscarão o verdadeiro sentido em redes sociais, drogas, vídeo games, sexo, religiões esquisitas, enquanto outros conseguirão se encaixar perfeitamente na caretice, drogando-se com dinheiro.
E ai surgirão de novo os líderes carismáticos, as guerras estúpidas controladas por vendedores de armas, as bandas de rock absolutamente vazias, a fila interminável de propagandas descompensadas pelo fato de que não há dinheiro em mãos para tantas compras sugeridas, as tolas disputas políticas, os filmes e ídolos previsíveis em um mundo de isopor que se torna cada dia mais falso.
Neste ínterim, o médium cego avisa que a verdadeira revolução está próxima. E o que você faz?
Bota mais pimenta no seu acarajé.
Celso Rommel
Celso Rommel
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