segunda-feira, 28 de novembro de 2016

​Há uma nova geração de vírus sequestrando discos rígidos no Brasil


Enquanto você aproveitava o feriadão, vários profissionais de segurança da informação não tinham a mesma sorte. Renato Marinho, pesquisador da Morphus Lab, foi um dos que não conseguiu aproveitar a tão merecida folga. Naquela quarta-feira, ele atendia a um chamado em uma empresa multinacional com sede no Brasil que sofria um tipo de ataque cada vez mais comum. Os computadores da companhia haviam sido infectados por um ransomware – uma espécie de vírus que criptografa os arquivos de uma pessoa e pede resgate financeiro para liberá-los.

Funcionou, como todos os vírus do tipo, quase como um sequestro virtual. No caso do malware em questão, porém, o rapto era bastante peculiar, inédito. "As máquinas impactadas pelo malware apresentavam a mensagem de resgate na tela de inicialização, antes mesmo da carga do sistema operacional”, conta o pesquisador.

sábado, 26 de novembro de 2016

A imoral distribuição racial na TV brasileira

POVO BRASILEIRO
Povo brasileiro, segundo a TV brasileira

Dos 191 milhões de brasileiros em 2010, conforme o Censo, 91 milhões se classificaram como brancos, 15 milhões como pretos, 82 milhões como pardos, 2 milhões como amarelos e 817 mil como indígenas. Registrou-se uma redução da proporção de brancos ( que em 2000 era 53,7% e em 2010 passou para 47,7% ) e um crescimento de pretos (de 6,2% para 7,6%) e pardos (de 38,5% para 43,1%). Sendo assim, a população preta e parda passou a ser considerada maioria no Brasil (50,7%). Isso sem falar naqueles que se declaram "brancos" quando na verdade são pardos, o que nos leva a crer que na realidade a maioria é ainda mais abrangente.

Ou seja, temos um país  majoritáriamente de pardos. Alguns talvez não tolerem esse fato, por motivos estéticos, comerciais ou conceitos copiados de países europeus mas, a menos que se faça algum tipo de eugenia ou purificação racial nos moldes da Alemanha nazista, não há como deter a maré. Muito pelo contrário, já que a tendência desta maioria é se tornar, com o passar dos anos, absoluta.

Em países com esta característica, como Índia, Paquistão, regiões da América Central e África, a realidade racial da população aparece na tela da TV na mesma proporção. Não poderia ser diferente, já que a concessão de um sinal de televisão emana do povo, através de seus representantes políticos, portanto esse mesmo povo tem o direito primordial de ser mostrado na TV tal como é.

Note exemplos do padrão racial televiso nas imagens abaixo, em cada país:

Programa de comédia na Índia

Elenco de novela no Marrocos

Apresentadores de telejornal no Sri Lanka
Apresentador de telejornal na Nicarágua

Agora, pensemos no nosso país. Um estrangeiro que conhece o Brasil a partir de nossas prestigiadas novelas e não tenha outra pista a respeito da formação do nosso povo, poderia pensar que a terra brasilis é ocupada por nórdicos, tal a quantidade irreal de loiros e loiras que ilustram a programação. Senão vejamos: em TODAS as novelas da moda conte quantos negros e pardos fazem parte do núcleo central da trama. Nos telejornais faça também a mesma contagem no número de apresentadores e repórteres. 

Nas últimas décadas, com o surgimento do "politicamente correto", a principal emissora de TV no Brasil buscou incorporar uma quantidade maior de atores e apresentadores de pele escura visando despistar o olhar crítico de alguns observadores. Ainda assim, em proporção bastante reduzida, da ordem de dez caucasianos para um mulato: o inverso portanto do mundo real. Sem mencionar que os pardos são sempre protagonistas de papéis "menores" retratando personagens de conduta tida como "inferior", em comparação com o galã, o herói ou a mocinha na trama, todos brancos.

Esta constatação nos leva a denunciar um grave crime cometido contra a dignidade da população brasileira, cujo acesso à representatividade nos canais de TV tem sido negada desde a fundação deste tipo de serviço no país até os dias atuais, em uma amostra de racismo comparável somente ao da TV sul africana no tempo do apartheid, com o agravante de que no Brasil se tem ainda por cima a iniciativa de iludir a população com atenuantes hipócritas visando faze-la aceitar a discriminação como fato normal, coisa que tem sido feita com sucesso.
O crime que se tornou coisa comum, do cotidiano ( de negar a representação na TV à maioria do seu povo ), tem provocado dramas psicológicos incuráveis nas mentes em formação de gerações de crianças de origem afro ou indígenas que, ao serem bombardeadas diuturnamente por esta ilusão grandiosamente fabricada, tendem a acreditar que nasceram na "raça errada", que fazem parte de uma "população de segunda classe" ( quando na verdade compõem a maioria ) e que precisam, portanto, "se adaptar para serem aceitas", fazendo uso de vários artifícios cosméticos, com inestimáveis abalos para a auto estima.

Enquanto o Brasil não aceitar a sua própria gente não poderá se denominar nação.

Enquanto existirem por aqui núcleos de pessoas vivendo em bolhas sociais, desconectadas do mundo real, continuará chiando a bomba relógio em que se transformou o Brasil.

A propósito, quantos governadores pardos já foram eleitos no estado com maior concentração de negros fora da África?

Celso Rommel

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Um vício estranho: este homem está comendo tijolos, lama e pedras há 20 anos


Um homem indiano afirma ser viciado em comer tijolos, pedras e lama. Pakkirappa Hunagundi, de 30 anos, desenvolveu este gosto e dependência por objetos não comestíveis aos 10 anos de idade. Daí em diante, ele afirma que consome até 3 quilos de detritos por dia, todos eles encontrados na aldeia de Karnataka, na Índia. Apesar de sua doença rara, ele afirma ser saudável.
Não parece ser um alimento saboroso, podemos notar isto na cara do seu filho. Seu estranho vício causa desconforto à família e amigos, que tentaram ajudá-lo a parar, mas não conseguiram. Ele afirma que não quer parar e perder sua crescente fama de “comedor de tijolos”

Que consequências uma anistia ao caixa 2 poderia trazer para a Lava Jato?


Em meio à grande polêmica sobre a possibilidade de perdão a políticos e partidos que tenham praticado o caixa 2 (movimentação irregular de recursos de campanha), a Câmara dos Deputados adiou para a próxima terça-feira a votação do pacote de medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público Federal (MPF).

Um das propostas prevê a tipificação do crime de caixa 2, e parlamentares de diversos partidos querem aproveitar a oportunidade para aprovar uma anistia para todas as transações desse tipo praticadas até a criação da nova lei.

A iniciativa é vista como uma tentativa de livrar centenas de políticos de eventuais denúncias dentro da Operação Lava Jato. Está em fase de conclusão a assinatura de um acordo de delação com dezenas de executivos da Odebrecht, que deve apontar doações irregulares para diversos candidatos e partidos.

Deputados do PSOL e da Rede dizem que todos os demais partidos estão envolvidos na articulação para aprovar a anistia, o que os principais líderes da Casa negam.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O penar do ser humano sobre a terra, sem saber de onde veio nem pra onde vai

Não sabemos precisar onde começa a história do ser humano na terra e isso tem se tornado consenso entre os catedráticos. Entre os religiosos, os Testemunhas de Jeová sustentam a fé de que a civilização humana pós-dilúvio não ultrapassaria os seis mil anos de fundação, ou seja, teria começado na idade em que se supõe terem sido iniciadas as pirâmides do Egito.

A história da destruição de Atlântida contada por Platão ( que desde então fascina a imaginação de gerações ) remontaria a pelo menos nove mil e seiscentos anos antes de Cristo. 

São discrepâncias que, em todo caso, também não paream com a história oficial, a qual sustenta estarem aqui nossos antepassados saindo das cavernas e construindo coisas há aproximadamente dez mil anos ao todo.
O que intriga a arqueologia atual é a descoberta dos chamados "objetos fora do tempo" ( ou "ooparts"), que fundem a cuca dos pesquisadores com demonstrações de tecnologia acima do que supomos para determinada época, como uma pilha elétrica encontrada nas ruínas do Egito e representações nas paredes das pirâmides de helicópteros, tanques de guerra e aviões muito parecidos com os atuais, o que bate com relatos do Mahabarata ( livro épico e sagrado do hinduísmo, mais antigo do que a Bíblia ) a respeito da existência de máquinas voadoras chamadas "vímanas" na antiga Índia... e por aí vai. Há relatos até de parafusos e velas de ignição encontrados incrustados em rochas que datam de milhões de anos.
Será que já não vimos esse filme antes e esquecemos? Jacques Bergier sustenta em "O Despertar dos Mágicos" que a civilização é cíclica e condenada a apagar o período anterior a cada hecatombe e consequente volta à pré história.

Imagino que isso seja perfeitamente possível, visto que toda construção humana em concreto armado ou aço é consumida pelas intempéries no espaço máximo de mil anos... portanto, tudo que não é feito em pedra maciça desaparece na maré do tempo, sem deixar marcas. Não haveria em um milênio, qualquer traço da Bahia sobre a terra se a civilização do caruru sofresse um colapso e fosse tragada pelo mar ou pela selva. Como poderiam nossos descendentes pós apocalípticos saberem, por exemplo, o que é um berimbau? Revistinha de cordel, capoeira, tudo viraria vento, como as vozes dos faraós as quais nunca saberemos que som tinham
Isso nos leva ao inevitável questionamento... quanto de nós mesmos realmente sabemos? Ao que me parece o ser humano é um bicho perdido que acredita ser inteligente mas caminha sem coleira rumo ao desconhecido, talvez em vias de ser atropelado a qualquer momento por um caminhão.

E ainda assim, vamos seguindo essa estrada penosa no meio do vale de lágrimas, matutando sem muitas pistas sobre o que significaria o velho inimigo: a morte. 

O que mantém a estrutura humana é o amparo de nossas crenças, estas mantidas de forma milagrosa em meio a era materialista da tecnologia. 

Entretanto, com base na loucura agressiva que se vê hoje aumentando em escala exponencial e na veracidade da teoria de uma civilização cíclica, não estaríamos livres de voltar a estaca zero. 

Deus, dê juizo a esse povo...

Celso Rommel

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O melhor lugar do mundo é na sombra de uma árvore

Elas nos observam há milênios e conhecem de nós o suficiente para ficarem mudas diante de nossa vaidade. As árvores. O verde da esperança que ampara, nutre, cura, acalma. A sombra onde repousa o animal, o homem e também outras plantas. 

Não entendo como tem gestor público que, ao invés de plantar mais árvores, como seria recomendável em um mundo cada vez mais quente, prefere abater as que existem, como se o barulho do vento na folhagem lhes soasse desagradável. Ou seria o canto dos pássaros, atraídos pelos frutos das árvores, que causariam indignação nestas pessoas a ponto de decretarem sentença de morte para nossas amigas?

Na verdade estou aguardando o dia em que será lei cada cidadão ter uma árvore na porta de casa, para contribuir em beleza e frescor e dar um pouco mais de vida ao concreto das cidades.

Isso só até o dia em que não será mais lei. Vai ser quando todo mundo perceber que bom é estar debaixo da sombra de uma árvore.

 O melhor lugar do mundo.

Celso Rommel

Candidato a vereador 'transforma' número de votos em árvores


O estudante de Arquitetura e Urbanismo, João Marcos Cunha Filho, de 24 anos, se candidatou a vereador de Colatina, no Espírito Santo, neste ano, mas não foi eleito. Com propostas voltadas ao meio ambiente, o jovem decidiu transformar o número de votos que recebeu, 873 no total, em árvores que serão plantadas ao longo de quatro anos.

A ideia surgiu para cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral: reflorestar nascentes, margens dos rios e topos de morros em Colatina, município que sofreu os impactos ambientais do desastre de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. Ao Catraca Livre, João contou que já plantou algumas mudas de espécies, como paineira rosa, ipê amarelo e pata de vaca.

Assim que soube do resultado das eleições, o estudante fez um post no Facebook para explicar o projeto do plantio de árvores, mobilizando muitas pessoas interessadas em ajudar. "Agora, estou em busca de doação de mudas e sementes. Pretendo, com as sementes, criar minhas próprias mudas que serão doadas e também plantadas por mim", afirma.

domingo, 20 de novembro de 2016

Se são os deuses astronautas... então porque não me pagam um acarajé?

Um tempo absolutamente incompreensível ou o desfecho esperado pelos profetas? O tempo em que estamos vivendo é pra tudo. Não só a cachaça "pra tudo", famosa na Bahia, mas o momento em que todas as linhas parecem ter esgotado a tinta com destino à decisão. 

Diria eu que não haveria melhor tempo para que os alienígenas se revelem ( ou se escondam de uma vez ) para que o Vaticano entregue seus supostos segredos, para que os hackers escancarem a trama dos imperialistas, para que emerja do desconhecido oceano profundo a besta, o povo sereia,  a cidade sagrada, a cura de todos os males ou simplesmente... o fim.

Sim, o fim calculado pelos geofísicos, um terremoto, a detonação dos supervulcões do Parque Yellow Stone, a explosão da bomba suja conquistada a peso de ouro pelos terroristas árabes, a detonação do míssil da vingança de Pyongyang... e de repente se instala o pânico nunca antes visto, senão em milhares de filmes hollywoodianos que mostraram tudo antes, como se os diretores já soubessem de tudo, de alguma forma.

Mas, se nada disso, acontecer... e se for só mais um dia, apenas outro dia sem mágica alguma? Nós ficaremos sonolentos de novo e alguns de nós buscarão o verdadeiro sentido em redes sociais, drogas, vídeo games, sexo, religiões esquisitas, enquanto outros conseguirão se encaixar perfeitamente na caretice, drogando-se com dinheiro.

E ai surgirão de novo os líderes carismáticos, as guerras estúpidas controladas por vendedores de armas, as bandas de rock absolutamente vazias, a fila interminável de propagandas descompensadas pelo fato de que não há dinheiro em mãos para tantas compras sugeridas, as tolas disputas políticas, os filmes e ídolos previsíveis em um mundo de isopor que se torna cada dia mais falso.

Neste ínterim, o médium cego avisa que a verdadeira revolução está próxima. E o que você faz? 

Bota mais pimenta no seu acarajé.

Celso Rommel

Temporada de Caça ao Inglês em Nova York

Chegando em casa no final da tarde após mais um dia sufocante  de calor no verão novaiorquino, Fred Seaman recebe uma fita K 7 com conteúdos da secretária eletrônica do cantor e compositor  John Lennon, antigo membro do conjunto de rock The Beatles. 

O material foi enviado até seu apartamento por Yoko Ono, esposa do músico inglês que havia entrado em contato com o assessor por telefone minutos antes.  Na ligação, a artista plástica mal podia controlar as palavras em inglês e japonês que emitia, em razão do seu estado de nervos.

Na gravação da secretária eletrônica, havia uma ameaça explícita à segurança do senhor Lennon, onde uma voz de indivíduo razoavelmente jovem dizia claramente: “John Lennon, você pagará o preço da blasfêmia com seu sangue. Seus dias estão contados e não adianta se esconder. Nós vamos pega-lo”. Por algum motivo, Yoko Ono levara a questão muito a sério. Adepta da numerologia e ciências esotéricas, ela dizia ter tido acesso a algum tipo de revelação de que a vida de seu marido corria perigo.

Superprotetora, a artista plástica decidiu não deixar que o esposo soubesse da ameaça visando poupá-lo para que o fato não interferisse na produção de um disco de retorno do ex-beatle ao show business, após anos de auto reclusão.  Yoko então encaminhou o material para Fred Seaman a fim de pedir uma opinião deste sobre o que deveria fazer.

Após ouvir o conteúdo da fita, o telefone toca novamente na sala de Fred. Era Yoko:

– Fred, o  que faremos?
– Acho que devemos ligar para a polícia primeiro, responde o assessor.
– Não quero publicidade. Isso não pode chegar aos ouvidos de John de jeito nenhum.

No dia seguinte, Seaman procura um outro assessor de gente famosa que serviria como passaporte  até  alguém de influência nas engrenagens do sistema: o prefeito de Nova York, Edward Koch. Não exatamente um fã de rock, Koch recebeu Seaman com reservas por saber da vocação para controvérsias que permeavam o histórico do músico. 

A volta que não houve e o recente comunismo no Brasil

Desde a queda do Muro de Berlim, quando o Partido Comunista do Brasil mudou de nome, em 1991, que eu não ouvia falar com tanta frequência a palavra "comunista". Até aquele tempo, ser comunista era chique e desejável, especialmente entre os artistas e intelectuais.  

No Brasil, tem se tornado moda abordar esse termo, de uns dois anos para cá, como argumento político,  mais precisamente desde a acirrada última campanha presidencial e o impeachment.

Conheço pessoas que recentemente deram palpite até na eleição norte americana, alegando ser mais "segura" a eleição de Trump, já que Hillary seria mais "comunista" ( devo lembrar que Hillary é tão afeita ao capitalismo selvagem de Wall Street quando o eleito Trump ). Este tipo de debate trazendo de volta a palavra praticamente extinta em nível mundial se dá no Brasil, graças à polaridade na disputa entre os partidos conservadores e os trabalhistas, mais identificados pelas siglas PSDB/PMDB/DEM  e PT/PDT/PCdoB.

Para não faltar com o assentamento da realidade na mente daqueles que não se deixam lobotomizar, vale lembrar que comunismo foi um sistema de governo que dividiu corações e mentes no mundo do século XX (especialmente na segunda metade, com a chamada "guerra fria"  ) mas foi derrotado pelo neo liberalismo na virada dos anos oitenta e arquivado pela história da civilização, só restando em sua proposta original como amostra esdrúxula em dois países, dentre 193 que compõem o globo terrestre: Cuba e Coréia do Norte. Este primeiro,porém, já ensaiando uma reforma geral à moda chinesa, graças a um acordo de abertura comercial com o vizinho U.S.A. Houve outra exceção recente que deu com os burros n'água, o bolivarianismo de Chavez na quebrada Venezuela, que não era bem comunismo mas usava alguns símbolos bastante saudosos. O impacto do fim do comunismo foi tal nos anos noventa que o filósofo Francis Fukuyama chegou a declarar "o fim da história", em uma teoria que marcou época.

Portanto, levantar a hipótese de que alguém ou algo está sendo comunista atualmente em quase todo o mundo equivale quase a relatar aparição de fantasmas, mula sem cabeça ou negrinho do pastoreio.

Ser comunista hoje, em tempo de globalização, é fora de moda, anacrônico e, no mínimo estranho. Em condições normais, ninguém, especialmente da classe política, deveria desejar esses rótulos para si. Mas, ainda que fosse, qual o problema? Existe algum tipo de novo macarthismo tupiniquim em marcha? O que há de reprovável em alguém declarar que acredita em E.Ts, querer fundar o Partido Transexual ou se declarar comunista?
O que existe hoje é a necessidade de se inventar uma palavra nova para definir novas convicções de pensamento. Afinal, país ou pessoa não alinhados com os Estados Unidos, não seriam necessáriamente comunistas, pois se assim o fosse a França seria bolchevista por não ter aderido à Guerra do Iraque de Bush filho.

Dar dinheiro aos pobres também não torna cidadão ou governo marxista-leninista. Se assim o fosse, Bill Gates seria o Fidel norte americano, por ter doado bilhões para instituições de caridade e os programas de renda mínima que existem na maior parte dos países da Europa fariam destes "países vermelhos".

Acreditar em mais igualdade entre os homens, com respeito às minorias é uma causa presente em várias religiões, filosofias e também na constituição dos Estados Unidos. Não é característica somente dos regimes comunistas. Aliás, vale lembrar que os Estados Unidos fizeram sua reforma agrária ainda no século XIX, como a maior parte dos países capitalistas desenvolvidos, mas nem isso faz com que o MST ame os gringos.

Um problema provocado pela preguiça mental, gerada também pela lamentável animosidade política no Brasil, é o de se aderir a uma tendência sem saber direito de onde veio e para onde vai, só porque cai bem a um sentimento pessoal. Tal como aquele jovem que usa uma camisa com dizeres em inglês sem saber que está divulgando alguma frase auto depreciativa. A frase, para quem não entende inglês, não importa, o que vale a pena para ele é saber se a camisa é bonita.


Celso Rommel